Alimentos e Bebidas: 7 dados sobre esse mercado no e-commerce
E-commerce
18 de julho de 2023
Se o comportamento do consumidor brasileiro tem se digitalizado cada vez mais, no mercado de Alimentos e Bebidas não é diferente. Principalmente após a pandemia que se iniciou em 2020, o setor tem se destacado, ano após ano, no comércio eletrônico.
Em 2022, Alimentos e Bebidas foi a terceira categoria com mais pedidos no e-commerce, de acordo com a 47ª edição do relatório Webshoppers, realizado pela NielsenIQ Ebit.
Quer descobrir mais insights e tendências desse segmento? Neste conteúdo, separamos os principais dados sobre o comportamento do consumidor e os resultados alcançados no mercado online de Alimentos e Bebidas. Confira!
1. Crescimento do mercado de Alimentos e Bebidas
Assim como outras categorias do e-commerce, a de Alimentos e Bebidas foi muito impulsionada no primeiro ano da pandemia. Um estudo da Neotrust revela que o número de pedidos do setor teve uma alta de 142,2% entre 2019 e 2020.
Em 2021, esse crescimento não parou. Foi registrado um incremento de 29,3% em relação ao ano anterior, com um total de mais de 16 milhões de pedidos. O ticket médio foi de R$ 175,70.
Em relação ao faturamento, o valor chegou a R$ 2,8 bilhões em 2021. Comparado ao resultado obtido em 2019, esse foi um aumento de R$ 1,8 bilhões no caixa em apenas dois anos.
2. Produtos mais vendidos na categoria
O levantamento da Neotrust também revela quais foram os produtos de Alimentos e Bebidas com o melhor desempenho em 2021.
Considerando o número de pedidos, o ranking de alimentos foi composto por bomboniere; frios e laticínios; doces e sobremesas; biscoitos, salgados e snacks; e condimentos, ervas e especiarias.
Quando olhamos para faturamento, as top mercadorias foram principalmente produtos que compõem o cardápio básico das famílias: frios e laticínios; bomboniere; carne, aves e pescados; condimentos, ervas e especiarias; e hortifruti.
Já em relação às bebidas, as mais vendidas foram cervejas e chope; vinhos; whisky; refrigerantes; e sucos e néctares. As que geraram mais receita, por sua vez, foram vinhos; whisky; cervejas e chopp; refrigerantes; e champagnes e espumantes.
3. Perfil dos consumidores
O relatório da Neotrust ainda oferece alguns insights sobre o perfil demográfico dos consumidores de Alimentos e Bebidas em canais de vendas online:
- as mulheres representam a maioria dos consumidores de alimentos, tanto em número de pedidos (59,44%) quanto em faturamento (60,88%);
- já considerando a compra de bebidas, os homens respondem por 63,75% dos pedidos e 66,22% do faturamento — por outro lado, a participação feminina também demonstrou uma tendência de crescimento entre 2020 e 2021;
- os consumidores com idades entre 36 e 50 anos são os que mais compram alimentos online, enquanto adultos com 51 anos ou mais têm a maior participação no faturamento da categoria de bebidas;
- a região Sudeste concentra a maioria dos pedidos de Alimentos e Bebidas. No entanto, essa participação vem diminuindo ano a ano, com o crescimento do Nordeste que ultrapassou o Sul em pedidos e faturamento em 2021.
4. Aplicativos de delivery
Não podemos falar do mercado de Alimentos e Bebidas sem citar a importância do modelo de delivery, sobretudo após o cenário pandêmico.
A praticidade de receber as compras em casa, somada à agilidade de fazer os pedidos via mobile, tem impulsionado os aplicativos de entrega.
Para se ter uma ideia, de acordo com a 47ª edição do Webshoppers, 29% dos consumidores afirmaram ter comprado em apps de supermercado nos últimos seis meses. Dentre os principais motivadores para essa prática, estão:
- Frete grátis (61%);
- Promoção de itens com preços menores (57%);
- Não precisar sair de casa (48%);
- Cupom de desconto (47%);
- Economia de tempo (45%);
- Promoção leve mais e pague menos (31%);
- Cashback (23%);
- Pontos em programas de fidelidade (18%);
- Brindes ou recompensas (15%).
Uma tendência aqui também são as chamadas dark kitchens — uma vertente das dark stores. Na prática, são espaços exclusivos para a preparação de refeições para delivery, sem uma infraestrutura para servir os clientes presencialmente.
5. Alimentação saudável
O estudo Brasil Food Trends 2020 aponta que o mercado de alimentação saudável vem registrando um crescimento médio de 12,3% ao ano. Isso se deve à preocupação cada vez maior dos consumidores com hábitos mais saudáveis.
Segundo uma pesquisa do The Good Food Institute (GFI) Brasil, em parceria com o Ibope, 49% dos brasileiros procuraram manter uma melhor alimentação e reduzir o seu consumo de carnes em 2021.
Portanto, essa é uma importante tendência do mercado e que traz grandes oportunidades para as marcas de produtos fitness, orgânicos e também veganos e vegetarianos.
6. Sustentabilidade
Além de priorizar a saúde, os consumidores também estão em busca de um estilo de vida mais sustentável.
Essa preocupação tem um impacto direto nos hábitos alimentares da população: 59% dos brasileiros afirmam ter feito mudanças em sua dieta a favor do meio ambiente nos últimos dois anos, conforme uma pesquisa realizada pela ADM.
Isso significa que os clientes estão priorizando empresas e marcas que mantêm práticas ecologicamente e socialmente conscientes em seu processo de produção e também de comercialização.
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7. Pagamento por voucher online
O cartão de crédito é a forma de pagamento mais utilizada para a compra de Alimentos e Bebidas no e-commerce — é o que indica o relatório da Neotrust. Isso se deve muito à praticidade e à opção de parcelamento que esse método possibilita.
No entanto, vale destacar também a importância do voucher online, que permite que os consumidores usem seus cartões de benefícios, como vale-alimentação e vale-refeição, para compras em sites e aplicativos.
Um levantamento da VR Benefícios, em parceria com o Instituto Locomotiva, destaca que 72% dos trabalhadores brasileiros recebem vale-alimentação e 45%, vale-refeição. Além disso, 74% utilizam serviços de entrega de refeições.
O que você achou dos dados e tendências que trouxemos sobre o mercado de Alimentos e Bebidas no comércio eletrônico? Esse é um setor que tem apresentado um crescimento expressivo nos últimos anos, com a transformação e digitalização dos hábitos de consumo dos brasileiros.
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